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quarta-feira, 18 de abril de 2018
Blog do Yô: O que (ainda) estamos ensinando nas escolas?
Blog do Yô: O que (ainda) estamos ensinando nas escolas?: Olá pessoal, tudo bem? Por acaso vocês já assistiram o vídeo EXTRATO do canal Porta dos Fundos? Não?!? Então assistam primeiro: Poi...
domingo, 18 de março de 2018
quinta-feira, 25 de janeiro de 2018
Workshop de Verão 2018
Nesta semana aconteceu o Workshop pedagógico de verão do UNIFEB.
Organizado pelo NAPe (Núcleo de Apoio Pedagógico) e NEaD (Núcleo de Educação à Distância), como o apoio da Pró-Reitoria de Graduação, o evento contou com as seguintes oficinas, elaborada pelos próprios professores do câmpus:
Qualquer dúvida, deixem nos comentários...
Bom proveito!!
Organizado pelo NAPe (Núcleo de Apoio Pedagógico) e NEaD (Núcleo de Educação à Distância), como o apoio da Pró-Reitoria de Graduação, o evento contou com as seguintes oficinas, elaborada pelos próprios professores do câmpus:
- Mapas Mentais (Profa. Caren Studer);
- Sala de Aula Invertida (Profa. Caren Studer);
- Utilização do YouTube como recurso didático (Prof. Norberto Amsei);
- Montando apresentações no Prezi (Prof. Norberto Amsei);
- ClassOut: utilizando o Moodle como ferramenta (Prof. Juliano Osório da Silva).
Com a participação dos professores, as oficinas tiveram um caráter prático para que estes conhecessem algumas ferramentas tecnológicas para serem utilizadas dentro e fora das salas de aula.
As apresentações de duas das oficinas oferecidas podem ser visualizadas clicando nos links abaixo:
Qualquer dúvida, deixem nos comentários...
Bom proveito!!
sábado, 30 de setembro de 2017
Sala de Aula Invertida (Flipped Classroom)
Já ouviu falar do conceito de Sala de Aula Invertida?
Assista ao vídeo abaixo para conhecer essa metodologia ativa de aprendizagem.
Para Andrea Ramal, diretora do GEN Educação “A metodologia tradicional deixa o aluno num papel passivo, simplesmente ouvindo as explicações do professor. Ao inverter esse modelo e fazer com que o aluno assista às aulas fora do ambiente da escola ou universidade, há um aumento na presença e participação em sala de aula”.
Assista ao vídeo abaixo para conhecer essa metodologia ativa de aprendizagem.
Flipped Classroom (FC) ou sala de aula invertida é um modelo que tem suas raízes no ensino híbrido. O ensino híbrido, também chamado de ensino misturado, combinado ou mesclado, é popularmente conhecido como blended learning ou b-learning, e teve seu conceito desenvolvido a partir de experiências e-learning abrangendo a aprendizagem baseada na web ou internet.
Para Andrea Ramal, diretora do GEN Educação “A metodologia tradicional deixa o aluno num papel passivo, simplesmente ouvindo as explicações do professor. Ao inverter esse modelo e fazer com que o aluno assista às aulas fora do ambiente da escola ou universidade, há um aumento na presença e participação em sala de aula”.
A aprendizagem invertida é entendida como uma abordagem pedagógica na qual a aula expositiva passa da dimensão da aprendizagem grupal para a dimensão da aprendizagem individual, transformando-se o espaço em sala de aula restante em um ambiente de aprendizagem dinâmico e interativo, no qual o facilitador guia os estudantes na aplicação dos conceitos. Há uma diferenciação entre os termos "sala de aula invertida" e "aprendizagem invertida", pois inverter a aula pode, mas não necessariamente, levar a uma prática de aprendizagem invertida. É provável que muitos professores já tenham invertido suas classes ao pedir aos alunos que lessem um texto ou assistissem a um vídeo, com materiais adicionais ou que, ainda, resolvessem problemas prévios antes da aula. No entanto, para se engajar na aprendizagem invertida, os professores devem incorporar quatro pilares fundamentais em sua prática, que são sintetizados na sigla ͞F-L-I-P.
A sala de aula invertida prevê o acesso ao conteúdo antes da aula pelos alunos e o uso dos primeiros minutos em sala para esclarecimento de dúvidas, de modo a sanar equívocos antes dos conceitos serem aplicados nas atividades práticas mais extensas no tempo de classe (BERGMANN e SAMS, 2016). Em classe, as atividades se concentram nas formas mais elevadas do trabalho cognitivo: aplicar, analisar, avaliar, criar, contando com o apoio de seus pares e professores.
Este ano, tive a oportunidade de estar presente no I FlipCon Brasil, na sede do Santander, na cidade de São Paulo, onde o próprio Jonathan Bergmann palestrou. Além de adquirir seu livro, foi possível trocar umas poucas palavras com ele!! Estava presente também Andrea Ramal, colunista do g1.com e diretora do GEN Educação.
Foto com Jonathan Bergmann e Andrea Ramal
Referências:
BERGMANN, J.; SAMS, A. Sala de aula invertida: uma metodologia ativa de aprendizagem. Rio de Janeiro: LTC, 2016.
SCHMITZ, E. X. S. Sala de aula invertida: uma abordagem para combinar metodologias ativas e engajar alunos no processo de ensino-aprendizagem. (e-book). Dissertação de Mestrado da Universidade Federal de Santa Maria (2016). Disponível em: http://coral.ufsm.br/ppgter/images/Elieser_Xisto_da_Silva_Schmitz_Disserta%C3%A7%C3%A3o_de_Mestrado.pdf. Acesso em: 30/09/2017
terça-feira, 5 de setembro de 2017
Etanol, combustível limpo?
Em nossa região, olhando estas imagens, já podemos prever o que vai acontecer: certamente vai ter de lavar todo o quintal por conta da fuligem que cairá!
Segundo o artigo de Helena Ribeiro (2007), os estudos das condições atmosféricas adversas, provocados pela queima da palha da cana-de-açúcar, as crianças, idosos e pessoas com asma são os mais afetados pela queimada da palha da cana e
têm como conseqüência maior demanda do atendimento
dos serviços de saúde. Até então, os estudos
com cana tinham preocupação, sobretudo, com os trabalhadores
no processo produtivo (cortadores de cana) que mostrou que estes apresentavam riscos mais elevados de câncer de pulmão
em conseqüência da queima da folhagem.
Nas queimadas, a combustão é incompleta, com formação de compostos que não foram totalmente oxidados e irritantes ao
sistema respiratório e, em alguns casos, carcinogênicos.
Pesquisadores afirmam que o material particulado fino
alcança os alvéolos e em grandes concentrações pode entrar na corrente sanguínea ou ficar alojado nos pulmões, resultando
em doenças crônicas como enfisema. Vapores orgânicos
tóxicos como HPA são possivelmente carcinogênicos. O
monóxido de carbono pode causar hipóxia, ao prevenir
o sangue de carregar oxigênio suficiente.
A queima da cana-de-açúcar é utilizada para facilitar a colheita manual, já que automatizar a colheita requer altos investimentos e altas capacidades operacionais...em outras palavras, "sai caro". Entretanto, a prática da queimada trás diversos danos à saúde e ao meio ambiente. A lei 11.241 de 2002 trata da redução queima da palha da cana-de-açúcar de forma gradual.
A legislação prevê planos diferenciados para áreas mecanizáveis (maiores que 150 hectares e declividade menor ou igual a 12%). Nesse caso, o prazo para eliminação gradativa das queimadas prevê: 20% de redução imediata da área cortada; 30% a partir de 2006; 50% a partir de 2011; 80% a partir de 2016 e 100% até 2021.
As áreas não-mecanizáveis (menores que 150 hectares ou declividade maior que 12%) e os locais com estruturas de solo que impedem a mecanização têm os seguintes prazos: 10% de redução a partir de 2011; 20% a partir de 2016; 30% a partir de 2021; 50% a partir de 2026 e 100% até 2031.
Além disso, a lei proíbe queimada a um quilômetro do perímetro de áreas urbanas, reservas indígenas, e exige dos plantadores um planejamento anual que deve ser entregue à Companhia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB).
É claro que a pena para o descumprimento da Lei não sai barato. Dependendo das condições, a empresa responsável pode arcar com valores de R$ 50.000,00 a R$ 200.000,00 por dia. E segundo informações, essa pena é valida também para incêndio criminoso. Resta saber se estas penas estão realmente sendo aplicadas.
É claro que a pena para o descumprimento da Lei não sai barato. Dependendo das condições, a empresa responsável pode arcar com valores de R$ 50.000,00 a R$ 200.000,00 por dia. E segundo informações, essa pena é valida também para incêndio criminoso. Resta saber se estas penas estão realmente sendo aplicadas.
No período do ano em que nos encontramos, com a baixa umidade relativa do ar, os prejuízos com as queimadas são inúmeros!
Pessoas com asma sofrem com as frequentes queimadas |
Crianças são as principais vítimas das queimadas |
Ainda segundo a pesquisadora, enquanto a poluição atmosférica
aguda pode desencadear infarto do miocárdio em horas
ou dias nas pessoas mais susceptíveis, a exposição crônica a
poluentes aumenta o risco de doenças cardiovasculares
que podem estar relacionadas à inflamação pulmonar
crônica. Sendo assim, as queimadas de cana teriam simultaneamente
os dois efeitos: poluição atmosférica aguda nas áreas
próximas e poluição atmosférica difusa em longo prazo
numa escala regional.
Se o processo de obtenção de etanol ficasse como mostrado na Figura abaixo, seria ideal.
A cana-de-açúcar seria colhida sem queima. O caldo de cana passaria pelos processos químicos necessários até a obtenção do etanol, que quando queimado no motor do automóvel, liberaria CO2 que voltaria para a planta no processo de fotossíntese. Esse seria o ciclo do carbono, com balanço de massa igual a zero.
Mas não é assim que funciona!! É bem mais complicado...pois entra o nitrogênio na conta!!
Como quase todo tipo de
agricultura intensiva, a produção de cana-de-açúcar exige a aplicação de
fertilizantes à base nitrogênio, como o nitrato de amônio. Entretanto, essa aplicação é extremamente ineficiente, pois somente 30% do
nitrogênio dele é absorvido pela cana. O restante acaba se perdendo no solo, na
água e no ar.
Tudo começa quando, aproximadamente 100 kg de fertilizante nitrado são adicionados, por ano, no solo para plantio da cana. Parte deste é usado para o desenvolvimento da planta mesmo. Mas uma parte considerável é perdida arrastada pelas águas da chuva até os rios ou transformada em gás por ação de microorganismos e liberados na atmosfera.
Qualquer combustão que
ocorra na presença do ar atmosférico produz calor que
favorece a reação química que combina o nitrogênio inerte com oxigênio e gera
nitrogênio ativo, como por exemplo NO e NO2. Para se ter uma ideia, a queima da palha de cana, somente no estado
de São Paulo, emite cerca de 46 mil toneladas de nitrogênio ativo na atmosfera, por ano.
Esse nitrogênio ativo foi
produzido pela queima de folhas de cana que contêm nitrogênio na sua estrutura
e também pelo calor gerado que converte o nitrogênio do ar em NO. Entretanto, a
produção de nitrogênio ativo não se limita somente ao local da produção da cana-de-açúcar.
Como o álcool será usado como combustível no automóvel, quantidades
adicionais de nitrogênio ativo serão geradas nesse processo.
Vários estudos feitos no Estado
de São Paulo já
observaram como as águas arrastam nitrogênio fertilizante dos canaviais até
córregos, rios e represas, onde ele degrada o ambiente aquático e as matas
ciliares. Mas ao avaliar a concentração nas represas, os cientistas perceberam
que somente o transporte pela água não explica toda a quantidade de nitrogênio
encontrada.
O químico ambiental Arnaldo
Cardoso, do Instituto de Química da Unesp, câmpus de Araraquara, suspeita que
esse nitrogênio em excesso venha da atmosfera, na forma de uma poeira
microscópica de nitrato de amônio. É como se fosse uma “chuva seca” de fertilizantes
que se forma no ar a partir de gases emitidos pela queima da folhagem da cana
feita antes da colheita, conforme a figura abaixo.
E você? O que acha disso tudo?
Referências:
CARDOSO, A.A.; MACHADO, C.M.D.; PEREIRA, E.A. Biocombustível: o mito do combustível limpo. Química Nova na Escola, n.28, 2008
RIBEIRO, H. Queimadas de cana-de-açúcar
no Brasil: efeitos à saúde
respiratória. Revista Saúde Pública, v. 42, n. 2, 370-376, 2008
domingo, 6 de agosto de 2017
Antoine Lavoisier
Recentemente, encontrei em uma livraria o livro "Tratado Elementar de Química" de Lavoisier. Uma leitura fantástica...Trago a vocês a apresentação da Obra:
"O Tratado Elementar de Química, publicado em 1789, teve na sua época uma rápida difusão e foi editado em vários países, em diferentes línguas. Contudo, até agora, não havia uma única edição brasileira. A Madras Editora trás até você esta Obra que provocou mudanças, ou mais, uma revolução na Química. Escrita com a intensão de difundir as novas idéias e procedimentos experimentais, bem como estabelecer e consolidar a nova nomenclatura química, Lavoisier e seu grupo deram à Química o caráter de uma ciência moderna.
O termo "revolução" utilizado pelo próprio Lavoisier e disseminado por seus contemporâneos, guarda uma relação com o sentido político da Revolução Francesa. Acreditava que mudanças eram necessárias tanto na ciência como no sistema de governo, na agricultura e nas finanças.
Dispondo de vastos recursos pessoais, pode introduzir, na Química, técnicas de experimentação e de medida sofisticadas. Em particular, estabeleceu o uso sistemático de balanças aperfeiçoadas que possuíam tal precisão e sensibilidade, para a pesagem de pequenas quantidades de matéria, que poderiam ser comparadas às mais modernas. Passou a ser um símbolo do novo químico, ocupando o lugar do alambique e da retorta.
Desenvolveu trabalhos em conjunto com vários acadêmicos da época, tais como: Jean Bucquet, Pierre Simon Laplace, Jean-Baptiste Meusnier, Armand Seguim, Louis Bernard Guyton de Morveau, Claude Berthellot, Antoine François Fourcroy, René Just Hay, Henry Cavendish e outros. Mary-Anne Paulze-Lavoisier deve ser lembrada como sua principal colaboradora. Conhecia bem a língua inglesa e traduziu para o francês trabalhos publicados naquele idioma, além de ter desenhado os aparelhos utilizados por Lavoisier e que compõem esta Obra.
Foi um dos primeiros a demostrar que as reações químicas ocorrem sem variação de massa, como poderemos ver nesta Obra: em todas as operações da Arte e da natureza nada é criado: existe uma quantidade de igual matéria antes e depois do experimento. Devemos ressaltar que o tradicional enunciado: na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma não é de Lavoisier e sim do poeta latino Titus Lucrécius Carus (96-55 a.C.)que se baseou nas idéias do filósofo grego Epícuro (341-270 a.C.) sobre a Física.
Os trabalhos de Lavoisier sobre a nomenclatura química também foram imporantes. Os alquimistas utilizavam uma nomenclatura muito particular e de difícil memorização. Hoje utilizamos, na Química, uma nomenclatura internacional fundamentada num trabalho conjunto de Morveau, Lavoisier, Berthellot e Fourcroy. É importante citar que o brasileiro Vicente Coelho Seabra da Silva Telles, professor da Universidade de Coimbra, foi o primeiro a traduzir e adaptar a nomenclatura de Lavoisier para a língua portuguesa. Um ano antes da publicação do Tratado Elementar de Química, Silva Telles publicou a obra Elementos de Chimica.
Contribuiu com o regime revolucionário, participando de várias comissões, como a implantação do novo sistema de pesos e medidas. Contudo, não foi suficiente para apagar, na época das perseguições, as fortes ligações que mantivera com a monarquia.A sua função, nada simpática, de arrecadador de impostos, além de atitudes de vingança dos inimigos e o seu papel de destaque na Academia Real de Ciência, sistematicamente atacado por Marat (vetado por Lavoisier na eleição para a Academia), desencadearam um processo que ocasionou a sua condenação, inicialmente por peculato, passando depois para traição. Diante da petição redigia aos juízes para que poupassem a sua vida, visto tratar-se de um sábio, quer a traição que, Coffinhal, presidente do tribunal, tenha respondido com uma frase frequentemente citada, mas provavelmente apócrifa: a República não precisa de sábios. Lavoisier foi guilhotinado em 8 de maio de 1794.
Menos de um ano depois, o juiz e os jurados que o condenaram, além de Robespierre, também foram guilhotinados e o Liceu de Artes organizou um evento em sua homenagem, com a inauguração de um busto que tinha a inscrição escrita por Lagrange:
"O Tratado Elementar de Química, publicado em 1789, teve na sua época uma rápida difusão e foi editado em vários países, em diferentes línguas. Contudo, até agora, não havia uma única edição brasileira. A Madras Editora trás até você esta Obra que provocou mudanças, ou mais, uma revolução na Química. Escrita com a intensão de difundir as novas idéias e procedimentos experimentais, bem como estabelecer e consolidar a nova nomenclatura química, Lavoisier e seu grupo deram à Química o caráter de uma ciência moderna.
O termo "revolução" utilizado pelo próprio Lavoisier e disseminado por seus contemporâneos, guarda uma relação com o sentido político da Revolução Francesa. Acreditava que mudanças eram necessárias tanto na ciência como no sistema de governo, na agricultura e nas finanças.
Dispondo de vastos recursos pessoais, pode introduzir, na Química, técnicas de experimentação e de medida sofisticadas. Em particular, estabeleceu o uso sistemático de balanças aperfeiçoadas que possuíam tal precisão e sensibilidade, para a pesagem de pequenas quantidades de matéria, que poderiam ser comparadas às mais modernas. Passou a ser um símbolo do novo químico, ocupando o lugar do alambique e da retorta.
Desenvolveu trabalhos em conjunto com vários acadêmicos da época, tais como: Jean Bucquet, Pierre Simon Laplace, Jean-Baptiste Meusnier, Armand Seguim, Louis Bernard Guyton de Morveau, Claude Berthellot, Antoine François Fourcroy, René Just Hay, Henry Cavendish e outros. Mary-Anne Paulze-Lavoisier deve ser lembrada como sua principal colaboradora. Conhecia bem a língua inglesa e traduziu para o francês trabalhos publicados naquele idioma, além de ter desenhado os aparelhos utilizados por Lavoisier e que compõem esta Obra.
Foi um dos primeiros a demostrar que as reações químicas ocorrem sem variação de massa, como poderemos ver nesta Obra: em todas as operações da Arte e da natureza nada é criado: existe uma quantidade de igual matéria antes e depois do experimento. Devemos ressaltar que o tradicional enunciado: na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma não é de Lavoisier e sim do poeta latino Titus Lucrécius Carus (96-55 a.C.)que se baseou nas idéias do filósofo grego Epícuro (341-270 a.C.) sobre a Física.
Os trabalhos de Lavoisier sobre a nomenclatura química também foram imporantes. Os alquimistas utilizavam uma nomenclatura muito particular e de difícil memorização. Hoje utilizamos, na Química, uma nomenclatura internacional fundamentada num trabalho conjunto de Morveau, Lavoisier, Berthellot e Fourcroy. É importante citar que o brasileiro Vicente Coelho Seabra da Silva Telles, professor da Universidade de Coimbra, foi o primeiro a traduzir e adaptar a nomenclatura de Lavoisier para a língua portuguesa. Um ano antes da publicação do Tratado Elementar de Química, Silva Telles publicou a obra Elementos de Chimica.
Contribuiu com o regime revolucionário, participando de várias comissões, como a implantação do novo sistema de pesos e medidas. Contudo, não foi suficiente para apagar, na época das perseguições, as fortes ligações que mantivera com a monarquia.A sua função, nada simpática, de arrecadador de impostos, além de atitudes de vingança dos inimigos e o seu papel de destaque na Academia Real de Ciência, sistematicamente atacado por Marat (vetado por Lavoisier na eleição para a Academia), desencadearam um processo que ocasionou a sua condenação, inicialmente por peculato, passando depois para traição. Diante da petição redigia aos juízes para que poupassem a sua vida, visto tratar-se de um sábio, quer a traição que, Coffinhal, presidente do tribunal, tenha respondido com uma frase frequentemente citada, mas provavelmente apócrifa: a República não precisa de sábios. Lavoisier foi guilhotinado em 8 de maio de 1794.
Menos de um ano depois, o juiz e os jurados que o condenaram, além de Robespierre, também foram guilhotinados e o Liceu de Artes organizou um evento em sua homenagem, com a inauguração de um busto que tinha a inscrição escrita por Lagrange:
Vítima da tirania,amante respeitado das artes, ele continua vivo. Por seu gênio, continua servindo a humanidade.
Diamantino Fernandes Trindade & Laís dos Santos Pinto Trindade
Texto extraído da Apresentação do Livro "Tratado Elementar de Química" de Antoine-Laurent Lavoisier
Lavoisier e sua esposa
Isaac Newton e a história da maçã
Todo mundo sabe o significado desta imagem:
O que pouca gente sabe é que esta história é só um mito!!
Não há como negar que o Sir. Isaac Newton foi um dos maiores cientistas (gênios) que já existiu.
Suas contribuições estão presentes no ramo da Matemática, com o cálculo infinitesimal, conhecido hoje como cálculo diferencial e integral, no ramo da óptica com a decomposição da luz branca, no campo da mecânica, com as três leis do movimento e principalmente no entendimento do mecanismo que mantém os planetas em suas órbitas: a gravidade.
Não há como negar, a gravidade é universal...ela não foi descoberta porque ela já existia...ela foi estudada...as coisas caem...e essa história de Newton e a maçã também caiu!! Mas como surgiu essa história? Estudiosos declaram que esse mito ser originou com a sobrinha de Newton, Catharine Barton. É supostamente aceitável que o Sir. Isaac Newton tenha usado a maçã como uma forma de exemplificar o fenômeno das coisas cairem na Terra..."Imaginem uma bela e suculenta maçã..." e assim vai!! O fato é que a Sra. Barton casou-se com um membro do Parlamento Britânico, Sir. John Conduitt e que por meio dele conheceu o filósofo francês François Marie Arouet, também conhecido como Voltaire e assim, esse célebre filósofo imortalizou a história da maçã em sua obra Letter sur les anglais, de 1734.
Mas cá entre nós: esse história da maçã é realmente muito emblemática...eu ainda fico imaginando esse cena. Newton, ao pé da macieira, descansando e logo uma maça?? Não poderia ser uma manga ou caqui? A maçã é uma fruta interessante. É a fruta oferecida para os professores...foi a fruta que Adão e Eva traiu a confiança de Deus, embora na Bíblia não fale exatamente da maça. E não podemos nos esquecer qual foi a fruta oferecida à Branca de Neve pela bruxa?? Os atributos maléficos da maça pode ser devido ao seu nome científico Malus pumila derivado da palavra latina que significa "mal" que de mal não tem nada!!
Bem ou mal, essa história toda me deu vontade de comer uma suculenta maça, que aliás, para nós professores é um ótimo aliado na manutenção das cordas vocais... Vai uma maça ai??
Referência: Alexandre Cherman & Bruno R. Mendonça. "Por que as coisas caem?"
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